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terça-feira, 19 de julho de 2016

Crítica | 'Tropix' o novo álbum da cantora Céu


Céu é com certeza uma das nossas cinco maiores cantoras no mercado atual da música brasileira com muito respeito entre os seus colegas músicos, críticos dos mais renomados nacionais e internacionais, aliás, lá fora, no exterior Céu é mais respeitada e aclamada do que em seu próprio solo, afinal, nós brasileiros em sua maioria não buscam ouvir seu tipo de música até por falta de acesso, por outro lado o interesse vem acompanhado, mas é uma das recomendações que eu sempre faço aos amigos e aos leitores do meu Blog que é que ouça Céu e ouçam seu novo disco, intitulado de Tropix que vem carregado de muita energia, maturidade, ótima musicalidade e interpretações espetaculares.

Em seu quarto disco de estúdio, a cantora Céu sempre melhora, evolui, "digivolve" e nos surpreende com todos os seus trabalhos e confesso que demorei para ouvir Tropix porque resolvi dar um espaço de tempo para a MPB, queria um descanso e assim que sentisse saudades poderia mergulhar em novos discos, canções e vozes e logo sabia que Céu aprontou algo que foi aclamado.

 

Tropix é sem dúvida uma viagem, uma forma de entrar na Matrix sem se preocupar com o mundo afora, dá vontade de ouvir antes de dormir ou olhando pelo espelho do ônibus ou sentado num banco do Parque Trianon na cidade de São Paulo, ou seja, combina com vários lugares e momentos e ao fim do disco  sentimos toda a marola após se sentir envolvido e magnetizado por essa obra perfeita que traz letras delicadas, suaves, amorosas, carinhosas, conselheiras, cultas e estratosfericamente alinhadas com o conceito do que o álbum nos presenteia com o bom e velho romantismo que faz qualquer um cair os queixos. A parte instrumental é a alma e praticamente todo o corpo do álbum, sim, a voz da Céu soa tão harmoniosamente que parecem sopros divinos.

Destaco logo de cara a primeira faixa que se chama "Perfume do Invisível" que toca na novela nas nove e achei linda vê-la como trilha justamente em Velho Chico, novela que é uma obra de arte de dramaturgia e vem de encontro com essa outra obra de arte suave como pinturas de Monet.

Apesar do disco ser tão maduro e muito bem feito e produzido, tenho como preferido Caravana Sereia Bloom que é perfeito também, nota máxima e as canções trouxe grandes memórias. Tropix chega muito perto mesmo do que foi o álbum anterior e acredito que faltará e já falta aquele carisma que teve os dois discos anteriores e tenho crença de que seja a opinião de alguns críticos de que apesar do disco ser nota máxima temos o propósito de tirar um mínimo de ponto. Enfim



4.5/5



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